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Análise de caso – correção de septo e refinamento de ponta associados à turbinectomia inferior

Na cavidade nasal existe uma estrutura chamada de cornetos nasais, que são responsáveis por abrir espaço para a circulação, filtro e aquecimento do ar inspirado.

Algumas patologias podem fazer com que os cornetos aumentem de tamanho, tornando-os hipertrofiados. Quem tem o diagnóstico de hipertrofia de cornetos, geralmente sofre com obstrução nasalo famoso nariz entupido.

 

Essa condição pode ser corrigida de maneira isolada e também durante a cirurgia de Rinoplastia.

 

No artigo de hoje vamos contar a história de uma paciente que nos procurou com a queixa de obstrução nasal e desejo de uma ponta mais refinada e projetada.

O caso em questão combinou a cirurgia de rinoplastia para refinar a ponta com a turbinectomia – nome dado à cirurgia de correção dos cornetos nasais.

 

CORNETOS NASAIS

 

Popularmente conhecidos como carne esponjosa ou conchas nasais, os cornetos cumprem a função de dar espaço, umedecer, aquecer e filtrar o ar que é inspirado.

 

Cada um de nós possui 3 pares de cornetos que são classificados de acordo com sua posição na cavidade nasal: inferior, médio ou superior.

 

Alguns traumas ou patologias respiratórias, como a rinite, por exemplo, podem levar ao que chamamos de hipertrofia dessa estrutura, quando os cornetos aumentam de tamanho, prejudicando sua função.

 

Obstrução nasal, boca seca e roncos são os principais sintomas dessa condição, que pode ser corrigida clinicamente, com medicamentos via oral ou intranasais e cirurgicamente, a depender do grau de hipertrofia ou da resposta ao tratamento clínico realizado.

 

TURBINECTOMIA

 

Este é o nome dado à cirurgia que visa corrigir a hipertrofia dos cornetos nasais. Trata-se de uma cirurgia funcional que, de forma isolada, leva cerca de 30 minutos para ser realizada.

 

O procedimento é de baixíssimo risco para o paciente e geralmente é classificado da seguinte forma:

Cauterização – indicada para casos leves ou moderados, a redução dos cornetos é realizada com um bisturi elétrico, que cauteriza a estrutura.

Ressecção parcial – o corneto hipertrofiado é retirado parcialmente da cavidade nasal. Esse procedimento é indicado para casos moderados e graves de hipertrofia.

 

A turbinectomia pode ser realizada de maneira associada à rinoplastia. E abaixo você poderá conferir uma análise de caso em que foi feita essa associação.

 

 

 

A AVALIAÇÃO DO PACIENTE

 

O paciente foi avaliado de acordo com os protocolos indicados para a primeira consulta.

Queixa principal: obstrução nasal, uso crônico de vasoconstritor e ponta bulbosa.

 

O paciente relatou que sempre sofreu com obstrução nasal e passou a usar medicamentos intranasais para aliviar essa condição. O uso crônico dos medicamentos vasoconstritores, como Neosoro ou Naridrim, por exemplo, podem resultar em uma rinite medicamentosa – que era o caso do paciente.

Através da avaliação física, fotos e exames de imagem foi possível constatar que o paciente possuía, além da queixa estética, a hipertrofia dos cornetos nasais inferiores e desvio de septo.

A cirurgia foi planejada com base nas queixas do paciente, visando a correção funcional e estética da estrutura nasal.

 

A CIRURGIA

 

Tipo de rinoplastia: turbinectomia inferior, para a redução dos cornetos nasais e rinoplastia primária para correção do septo nasal e refinamento de ponta.

 

Tempo de cirurgia: três horas e meia.

Tipo de anestesia: Geral

Manejos utilizados:

  • Redução de dos cornetos nasais inferiores com cauterização
  • Correção do septo nasal com enxertos cartilaginosos do próprio septo
  • Refinamento de ponta nasal com enxertos septais e suturas para reforço e projeção

 

EVOLUÇÃO E RESULTADO

O pós-operatório imediato já mostrou um nariz mais retilíneo e com a ponta refinada e projetada.

Ao acordar da anestesia, o paciente relatou a melhora na respiração, mesmo com os splints nasais.

A recuperação das cirurgias associadas não muda em nada quanto às orientações a serem seguidas pelo paciente. Assim como o resultado, que dependerá de como o organismo responderá à evolução cicatricial.

 

ATENÇÃO!

Os casos relatados nessa série de artigos são ilustrativos, com o intuito de facilitar o entendimento das técnicas utilizadas, buscando o resultado pretendido.

É importante dizer que cada caso é único, assim como a rinoplastia realizada e a evolução pós-operatória, dependendo, principalmente, do organismo de cada paciente.

 

Saiba como encontrar um bom cirurgião .

 

Dr. Ricardo Ferri – Otorrinolaringologista e Rinoplastia – CRMGO 9674 / RQE 4573

www.instagram.com/dr.ricardoferri

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Dr Ferri

“A arte da rinoplastia não recai unicamente na maestria da técnica, mas também, e sobretudo, na habilidade de compreender os objetivos e as motivações de cada paciente.” – Dr. Ricardo Ferri

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