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Se sentir confortável e confiante ao olhar o próprio nariz no espelho é o sonho da maioria das pessoas que procuram a rinoplastia. Na busca pelo “nariz perfeito”, alguns pacientes esbarram em certas limitações e necessidades. A realidade é que o “nariz perfeito” não existe e que o respeito à individualidade é de extrema importância, como abordamos em nosso último artigo.
Outro fator que é preciso ponderar àqueles que procuram o procedimento é a funcionalidade do nariz. Afinal, de que adianta um nariz bonito e harmônico, se a respiração do paciente ficou prejudicada? Uma cirurgia mal sucedida pode até mesmo piorar um nariz que funcionava em boas condições. Ao passo que uma cirurgia bem sucedida é capaz de melhorar a sua funcionalidade, mesmo que o paciente nunca tenha tido problemas respiratórios.
É por isso que a avaliação funcional do nariz deve ser o primeiro procedimento a ser adotado pelo seu médico antes da realização da rinoplastia. Também chamada de análise pré cirúrgica, a avaliação é fundamental em todos os casos, sem exceções. Conheça as principais etapas da avaliação que todo bom otorrino deve seguir.
Na primeira consulta, é importante que o médico ouça o paciente para conhecer o seu histórico, a fim de entender se existe alguma queixa em relação à respiração, se o paciente ronca à noite, se respira pela boca, se tem queixa de coriza, congestão nasal ou falta de ar e qual é o histórico na família. Todos esses fatores podem ser indicativos da má respiração e devem ser considerados na avaliação pré cirúrgica.
Também na primeira consulta, o médico deve avaliar fisicamente o nariz do paciente, relacionando o histórico clínico descrito anteriormente e a estrutura do nariz encontrada durante a avaliação física. Algumas respostas importantes podem ser encontradas nessa etapa.
Na maioria dos casos também são solicitados exames diagnósticos, como a videoendoscopia nasal e a tomografia computadorizada dos seios da face, sendo essa última a mais precisa. A tomografia oferece uma avaliação completa do septo nasal, incluindo a quantidade de cartilagem para enxertos, eventuais desvios e o tamanho da parte óssea do septo (a “parede” que divide as cavidades nasais).
Estes são fatores fundamentais na análise pré cirúrgica, principalmente quando a técnica utilizada é a da rinoplastia estruturada. Dessa forma, é possível prever se a quantidade de cartilagem do nariz é ou não suficiente para os enxertos.
Estas informações previamente mapeadas permitem que o cirurgião estruture o planejamento cirúrgico do paciente, pois definem todos os detalhes da cirurgia, que deve ser feita com o máximo de cuidado.
A avaliação funcional cumprida à risca garante segurança para ambas as partes durante a cirurgia, e faz com que estética e funcionalidade formem um casamento perfeito a longo prazo.
Dr. Ricardo Ferri – Otorrinolaringologista e Rinoplastia – CRM 9674
“A arte da rinoplastia não recai unicamente na maestria da técnica, mas também, e sobretudo, na habilidade de compreender os objetivos e as motivações de cada paciente.” – Dr. Ricardo Ferri
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