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Você que acompanha nossos artigos já sabe que a rinoplastia é uma cirurgia voltada para a melhora funcional e de simetria do nariz. E também já entendeu que alguns aspectos são importantes, e exercem influência no procedimento e no seu resultado.
A análise da espessura da pele é fundamental para definir o tipo de técnica cirúrgica a ser utilizada na rinoplastia, uma vez que peles muito finas ou muito grossas exigem manejos diferenciados durante a cirurgia.
No artigo de hoje falaremos sobre a importância do cuidado com a pele antes e depois do procedimento, bem como a necessidade de um dermatologista – em alguns casos – durante todo o processo para garantir a saúde da pele do paciente.
A espessura da pele é um dos principais fatores ligados diretamente ao planejamento e ao resultado de uma rinoplastia.
A pele do nariz é literalmente uma capa que se adequa às estruturas internas (cartilagem e ossos) e pode ser classificada, basicamente, como fina ou grossa.
É importante lembrar que não existe uma pele mais fácil ou mais difícil para se trabalhar. Ambos extremos são verdadeiros desafios para o cirurgião.
Isso porque a pele muito fina deixa a estrutura nasal mais aparente, exigindo do cirurgião uma precisão maior para camuflar aspectos ósseos ou cartilaginosos. Enquanto que a pele muito grossa tem por característica a pouca evidenciação dos refinamentos realizados durante a rinoplastia, além de gerar um pouco mais de volume na ponta do nariz – que é o que define o formato.
A identificação da espessura nasal é feita em consultório, principalmente através do exame visual e palpação. E pelo histórico clínico-dermatológico o cirurgião tem informações acerca da oleosidade, acnes e demais problemas prévios relacionados à pele.
Daí a importância da dermatologia durante todas as etapas da rinoplastia.
Sob o ponto de vista da espessura epidérmica nasal não há contraindicação para a realização de uma rinoplastia.
No entanto, há casos em que um tratamento dermatológico é necessário antes da realização da cirurgia, como nos casos agudos de acne ou oleosidade extrema, por exemplo.
Por isso, após uma análise inicial com o cirurgião, o candidato pode ser orientado a buscar um dermatologista. Afinal de contas, a pele precisa estar saudável para ser operada e contribuir com a melhoria do formato nasal. Nesses casos, pode ser necessário aguardar pelo menos 30 dias após o fim do tratamento medicamentoso para a realização da rinoplastia.
Alguns cirurgiões indicam uma limpeza de pele profunda, cerca de 15 dias antes da cirurgia.
Após o procedimento, o cuidado com a pele do nariz é fundamental, principalmente porque ela se encontra muito sensível em virtude da alteração e do trauma sofrido na região. Cuidados com o sol e a hidratação da pele são condutas imprescindíveis para o paciente que realiza uma rinoplastia.
Pacientes que já tenham histórico de oleosidade, geralmente no início do pós-operatório, podem perceber a pele do nariz ainda mais oleosa – isso acontece porque o procedimento interfere na drenagem da pele e o nariz fica sob os curativos iniciais, sem limpeza diária.
Em alguns casos, a descamação da pele pode ocorrer, justamente pela falta de hidratação. A recomendação é de não retirar as crostas resultantes desse processo, para evitar infecções e cicatrizes indesejadas.
Normalmente, algumas semanas após a cirurgia já é possível entrar com a utilização de alguns produtos específicos (hidratantes, por exemplo) prescritos pelo dermatologista, para a melhoria da condição epidérmica.
Um produto que está em evidência que já era conhecido por quem passa por tratamento de pele (oleosidade e acne) é a isotretinoína (Roacutan).
Na rinoplastia a isotretinoína vem sendo utilizada em alguns casos para o controle da espessura da pele e da oleosidade, principalmente no pós-operatório. O tratamento é individualizado e acompanhado pelo cirurgião e pelo dermatologista e em geral, as doses prescritas são mais baixas e o período de tratamento também se diferencia de acordo com a necessidade do paciente.
Faz-se necessário ressaltar que a espessura da pele nasal não é algo que muda com a cirurgia ou com algum tratamento específico. Alguns medicamentos e procedimentos dermatológicos podem diminuir ou controlar de forma modesta a espessura, mas não o bastante para que torne uma pele muito grossa em uma pele mais fina ou vice e versa.
Converse com seu cirurgião e siga as orientações por ele passadas.
Dr. Ricardo Ferri – Otorrinolaringologista e Rinoplastia – CRMGO 9674 / RQE 4573
“A arte da rinoplastia não recai unicamente na maestria da técnica, mas também, e sobretudo, na habilidade de compreender os objetivos e as motivações de cada paciente.” – Dr. Ricardo Ferri
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