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Nós já abordamos por aqui sobre a rinoplastia estruturada, que consiste no uso de cartilagens do próprio paciente para dar mais estruturação para o nariz, e também sobre a rinoplastia preservadora, menos invasiva, cujo objetivo é conservar ligamentos e tecidos.
E quando há a junção das duas técnicas? Ocorre o que chamamos de rinoplastia híbrida (ou rinoplastia moderna). É uma técnica muito comum nos meus procedimentos, que garante mais definição e estabilidade ao nariz. No artigo de hoje, eu falo mais sobre o assunto. Boa leitura!
O conceito de rinoplastia estruturada foi criado em meados dos anos 90, nos Estados Unidos, e consiste em realizar a alteração necessária no nariz. São usados enxertos de cartilagem, retirados do próprio septo ou de outras partes do corpo do paciente – orelha ou costela. A grande importância dos enxertos é o refinamento dos resultados, evitando a queda da ponta nasal e do entortamento do dorso. É uma técnica muito utilizada pelos cirurgiões que atuam na área, justamente pelos resultados obtidos, de aspecto natural e mais duradouros.
A rinoplastia preservadora é um conceito defendido por Dr. Wilson Dewes, pioneiro no Brasil, e Dr. Yves Saban, um dos mais renomados cirurgiões de rinoplastia da Europa. Eles defendem a preservação da estrutura nasal original do paciente, evitando o exagero no uso de ressecções e enxertos, tornando o procedimento menos invasivo. Durante a cirurgia, o profissional faz as alterações necessárias com ligamentos naturais presos à pele.
Na rinoplastia híbrida, preservamos aquilo que dá para preservar, mas aprimoramos com enxertos. Eles são utilizados, por exemplo, para fortalecer e estruturar a ponta, desentortar o dorso, dar mais definição e estabilidade ao nariz.
Atualmente, a técnica híbrida tem sido utilizada em grande parte dos casos, já que a rinoplastia preservadora é, na verdade, uma filosofia cirúrgica, que visa evitar exageros nas alterações propostas.
Ou seja, ainda que um nariz demande utilização de enxertos para sua nova estrutura, toda a cirurgia será realizada pensando em preservar ao máximo a estrutura original do nariz.
Não existe uma técnica melhor que a outra. É necessário avaliar a necessidade e complexidade de cada caso, além, é claro, da experiência do cirurgião.
O mais importante, em se tratando de técnicas cirúrgicas de rinoplastia, é entender a proposta de cada uma delas e discutir com o cirurgião qual delas é a mais indicada para o seu caso.
Dr. Ricardo Ferri – Otorrinolaringologista e Rinoplastia – CRMGO 9674 / RQE 4573
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“A arte da rinoplastia não recai unicamente na maestria da técnica, mas também, e sobretudo, na habilidade de compreender os objetivos e as motivações de cada paciente.” – Dr. Ricardo Ferri
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